Close Mobile Navigation

Tenho o HPV, e agora?


Existem tipos considerados de alto risco que podem desencadear condições pré ou cancerígenas. Os tipos de HPV de alto risco mais comuns incluem o HPV-16 e HPV-18, ambos relacionados a 70% dos casos de cânceres de colo do útero, além de HPV-31, HPV-35, HPV-39, HPV-45, HPV-51, HPV-52, HPV-58, entre outros.5


Em relação aos tipos de infecção, cada uma tem suas particularidades. Nas infecções clínicas ocorrem verrugas ou lesões na pele ou nas mucosas, causando coceira e/ou irritação. Tais lesões variam bastante em tamanho, costumam ter aspecto de “couve-flor” e surgem na região genital ou no ânus de ambos os sexos, mas podem aparecer também na boca e na garganta. Já as infecções subclínicas não apresentam sinais e sintomas visíveis a olho nu e podem ser de baixo ou alto riscos.1,26


O HPV reage de formas diferentes em cada organismo, podendo “desaparecer” espontaneamente em algumas pessoas. Em outros casos, pode necessitar de melhor investigação e tratamentos recorrentes. Por isso é tão importante procurar a ajuda de um profissional de saúde para que você tenha um diagnóstico preciso diante de uma suspeita.1,5


O HPV acontece, mas a boa notícia é que existem tratamentos. Antes de tomar qualquer ação, procure um profissional de saúde para um diagnóstico preciso e indicação do tratamento adequado, de acordo com seus sintomas. E não se esqueça de continuar se prevenindo! 1

HPV e Cânceres

A infecção pelo HPV é frequente, mas pode regredir espontaneamente. Quando a infecção é causada por um tipo viral com potencial cancerígeno, podem ocorrer lesões que, se não forem tratadas, podem se tornar um câncer.1

Verrugas

Geralmente na região genital, verrugas também podem ser doenças e condições vinculadas ao HPV. Podem ter tamanhos variados, serem planas ou proeminentes, permanecer ou desaparecer.1

Como diagnosticar: Diagnóstico visual ou exame de acordo com o local da verruga.1
Qual médico(a) procurar: Ginecologista, Proctologista ou Urologista, depende do local da verruga.1

Câncer de colo do útero

Excluídos os tumores de pele não melanoma, é o 3º tipo de câncer mais frequente na população feminina no Brasil, e também a terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.13,14 Pode ser evitado através de exames ginecológicos de rotina, quando os primeiros sinais da doença podem ser detectados.15

Como diagnosticar: Avaliação clínica e, se necessário, Papanicolau e/ou Colposcopia.1
Qual médico(a) procurar: Ginecologista.1

Câncer de vagina

Nos EUA, a doença é responsável por 1% a 2% dos cânceres no trato genital feminino.16

Como diagnosticar: Avaliação clínica e, se necessário, Papanicolau e/ou Colposcopia.1
Qual médico(a) procurar: Ginecologista.1

Câncer de vulva

O câncer vulvar (parte externa da genitália feminina) é raro, representando 5% das neoplasias ginecológicas.17

Como diagnosticar: Avaliação clínica e, se necessário, Papanicolau e/ou Colposcopia.1
Qual médico(a) procurar: Ginecologista.1

Câncer de pênis

Uma doença que representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem os homens. Está associada à má higiene íntima, à infecção pelo HPV e a quem não realizou a circuncisão (remoção da pele que envolve a glande – a “cabeça” do pênis).18

Como diagnosticar: Avaliação clínica e, se necessário, Peniscopia.1
Qual médico(a) procurar: Urologista.1

Câncer de orofaringe

A doença que acomete cabeça e pescoço, quando relacionada ao HPV, pode abranger homens e mulheres, mas tem maior incidência em homens.19,20

Como diagnosticar: Avaliação clínica e, se necessário, Laringoscopia.21
Qual médico(a) procurar: Em caso de suspeita, consultar um cirurgião de cabeça e pescoço, buco-maxilo-facial ou a um otorrinolaringologista.21

Câncer de ânus

É caracterizado pela presença de tumores no canal anal e nas bordas externas do ânus, representando de 1 a 2% de todos os tumores colorretais.22

Como diagnosticar: Avaliação clínica e, se necessário, Anuscopia.1
Qual médico(a) procurar: Proctologista.1

Infecções Persistentes

Outro tipo de complicação vinculada ao HPV. Mais comum em pessoas imunossuprimidas e mais velhas, com maior probabilidade de apresentar infecções frequentes e possível progressão para lesões pré-cancerígenas ou cânceres.23

Como diagnosticar: Diagnóstico visual ou exame de acordo com o local da infecção.1
Qual médico(a) procurar: Ginecologista, Proctologista ou Urologista, depende do local da infecção.1

Pilares da Prevenção


Informação

Busque informação em sites confiáveis (como este) e com profissionais da área de saúde.

Estar lado a lado com o conhecimento é o pontapé inicial da prevenção.2


Prevenção

Pratique relações com uso de preservativos. Um simples ato é sinônimo de respeito com você e seu/sua parceiro(a).2

Também é importante que você cuide bem de sua saúde para combater infecções, com boa alimentação e exercícios físicos.10


Vacinação

Prevenção também inclui vacinação! Então informe-se sobre as vacinas disponíveis.1,11

Existe vacina gratuita no SUS para crianças e adolescentes, dos 9 aos 14 anos e, para pessoas de 9 a 45 anos convivendo com HIV/ Aids; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea. Além disso, a vacina pode ser encontrada em clínicas particulares.12


Exames e diagnóstico

Tenha ciência do seu estado de saúde sempre. Mantenha os exames de check-up em dia e fique atento(a) a alterações.1

Agende consultas com médicos ginecologistas, proctologistas ou urologistas, sempre que tiver dúvidas e mantenha seus exames de rotina atualizados.1


Tipos de Tratamento

Os tratamentos podem variar de acordo com a verruga ou lesão proporcionada pelo HPV. Lembrando que não existe tratamento específico para eliminar o vírus, portanto os tratamentos servem para o controle das lesões físicas, quando elas não são controladas pelo sistema imunológico naturalmente. Os métodos podem ser químicos, cirúrgicos e/ou imunoterapia.1,5 Confira alguns exemplos:


Medicamentos

Tratamentos químicos com aplicação de ácidos para lesão vaginal e vulvar também são possíveis, mas devem ser utilizados para pequenas lesões e sob vigilância pois estas medicações podem acarretar úlceras de difícil cicatrização.5

Procedimentos

Eletrocirurgia é o método mais conservador para tratamento de lesões de alto grau do colo uterino.5


Terapias para cânceres

Em caso de lesões cancerígenas comprovadas em diagnóstico, os tratamentos podem incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea, podendo combinar mais de uma modalidade em alguns casos.27 Saiba mais sobre prevenção e novas terapias no Portal Atenção ao Câncer.

Consulte seu médico para iniciar o tratamento de forma segura.


Observações importantes:

Procure um profissional da saúde e não inicie tratamentos por conta própria. Exames de prevenção e detecção, como Papanicolau e outros, além de alguns tratamentos específicos para o câncer, estão disponíveis para todos e todas e podem ser feitos pelo SUS.28

Passe essa informação para frente e inspire a prevenção!





Colabore com a estratégia de metas da OMS e ajude a eliminar o câncer de colo do útero no mundo.24

A meta da OMS é reduzir a incidência do câncer de colo do útero abaixo de 4 por 100.000 mulheres até 203025, tendo como base 3 pilares:

Vacinação:

90% das meninas totalmente vacinadas com a vacina contra o HPV até os 15 anos de idade25

Triagem:

70% das mulheres rastreadas por meio de um teste de alto desempenho aos 35 anos e novamente aos 45 anos25

Tratamento:

90% das mulheres com lesões precursoras tratadas e 90% das mulheres com câncer invasivo gerenciadas25


Incentive a prevenção contra o HPV!




Referências

  1. Instituto Nacional de Câncer (INCA). HPV. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/acesso-a-informacao/perguntas-frequentes/hpv. Acessado em 02 de junho de 2023.
  2. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Comunicado vacina HPV – SBIm/SBP/SBI/Febrasgo. 2019. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/902 comunicadovacina-hpv-sbim-sbpsbi-febrasgo. Acessado em 02 de junho de 2023.
  3. World Health Organization (WHO). Human papillomavirus vacines: WHO Position Paper, May 2017. Wkly Epidemol Rec. 2017;19(92):241-268. Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/255353. Acessado em 02 de junho de 2023.
  4. Smith JS, Gilbert PA, Melendy A, Rana RK, Pimenta JM. Age-specific prevalence of human papillomavirus infection in males: a global review. J Adolesc Health. 2011;48(6):540-552.
  5. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). HPV – Notícias. 2017. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/120-hpv. Acessado em 02 de junho de 2023.
  6. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Controle do Câncer do Colo do Útero. Incidência. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/dados-e-numeros/incidencia. Acessado em 02 de junho de 2023.
  7. de Melo, A.C., da Silva, J.L., dos Santos, A.L.S. et al. Population-Based Trends in Cervical Cancer Incidence and Mortality in Brazil: Focusing on Black and Indigenous Population Disparities. J. Racial and Ethnic Health Disparities (2023). Disponível em: https://doi.org/10.1007/s40615-023-01516-6. Acessado em 02 de junho de 2023.
  8. Dhillon N, Oli e JL, Kelly MT, Krist J. Bridging Barriers to Cervical Cancer Screening in Transgender Men: A Scooping Review. Am J Mens Health. 2020;14(3):1557988320925691.
  9. Widdice L E, MD; Brown D R, MD; Bernstein D I, MD, MA; et al. Prevalence of Human Papillomavirus Infection in Young Women Receiving the First Quadrivalent Vaccine Dose. Arch Pediatr Adolesc Med. 2012; 166(8):774-776. doi:10.1001/archpediatrics.2012.586. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jamapediatrics/fullarticle/1263334. Acessado em 02 de junho de 2023.
  10. Alimentação Saudável, Atividade física e Qualidade de vida – Roberto Vilarta (organizador). Roberto Vilarta et. al. Campinas, IPES Editorial, 2007.
  11. World Health Organization. Vaccines and immunization. Disponível em: http://www.who.int/health-topics/vaccines-and-immunization. Acessado em 02 de junho de 2023.
  12. Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Vacinas disponíveis. Vacina HPV4. 2022. Disponível em https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/vacina-hpv4. Acessado em 02 de junho de 2023.
  13. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Incidência. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/dados-e-numeros/incidencia. Acessado em 11 de julho de 2023.
  14. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Mortalidade. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/dados-e-numeros/mortalidade. Acessado em 11 de julho de 2023.
  15. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Câncer de colo de útero. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/138colo_utero.html. Acessado em 11 de julho de 2023.
  16. American Cancer Society. Key Statistics for Vaginal Cancer. Disponível em: https://www.cancer.org/cancer/types/vaginal-cancer/about/key-statistics.html. Acessado em 14 de julho de 2023.
  17. Biblioteca Virtual em Saúde – Atenção Primária em Saúde. Quais os principais sinais e sintomas do câncer vulvar? Disponível em: https://aps-repo.bvs.br/aps/quais-os-principais-sinais-e-sintomas-do-cancer-vulvar/. Acessado em 06 de julho de 2023.
  18. Ministério da Saúde. Câncer de Pênis. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/cancer-de-penis. Acessado em 06 de julho de 2023.
  19. Combes JD, Chen AA, Franceschi S. Prevalence of human papillomavirus in cancer of the oropharynx by gender. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2014;23(12):2954-8. doi: 10.1158/1055-9965.EPI-14-0580.
  20. Li H, Torabi SJ, Yarbrough WG, Mehra S, Osborn HA, Judson B. Association of Human Papillomavirus Status at Head and Neck Carcinoma Subsites With Overall Survival. JAMA Otolaryngol Head Neck Surg. 2018;144(6):519-525. doi: 10.1001/jamaoto.2018.0395.
  21. Oncoguia. Diagnóstico do câncer de boca e orofaringe. 2021. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/diagnostico/762/175. Acessado em 06 de julho de 2023.
  22. Ministério da Saúde. Câncer de ânus. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/anal. Acessado em 07 de julho de 2023.
  23. Organização Pan-Americana da Saúde. HPV E O CÂNCER DO COLO DE UTERO. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/hpv-e-cancer-do-colo-do-utero. Acessado em 02 de junho de 2023.
  24. World Health Organization. GLOBAL STRATEGY TO ACCELERATE THE ELIMINATION OF CERVICAL CANCER AS A PUBLIC HEALTH PROBLEM. 2020. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240014107. Acessado em 02 de junho de 2023.
  25. World Health Organization. Cervical Cancer Elimination Initiative. Disponível em: https://www.who.int/initiatives/cervical-cancer-elimination-initiative. Acessado em 02 de junho de 2023.
  26. Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. Principais Questões sobre HPV: prevenção, diagnóstico e abordagem. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.ifi.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-sobre-hpvprevencao-diagnostico-e-abordagem/. Acessado em 29 de junho de 2023.
  27. Instituto Nacional de Câncer – INCA. Tratamento do Câncer. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tratamento. Acessado em 14 de julho de 2023.
  28. Ministério da Saúde. Exames citopatológicos do colo do útero realizados no SUS. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/dados-e-numeros/exames-citopatologicos-do-colo-do-utero-realizados-no-sus. Acessado em 07 de julho de 2023.
  29. Organização Pan-Americana da Saúde. Vacina contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV). Disponível em: https://www.paho.org/pt/vacina-contra-virus-do-papiloma-humano-hpv. Acessado em 11 de julho de 2023.
  30. Portal do Butantan. Vacinação contra HPV é mais efetiva na infância; meninos e meninas devem ser imunizados entre os 9 e 14 anos. Disponível em: https://butantan.gov.br/noticias/vacinacao-contra-hpv-e-mais-efetiva-na-infancia–meninos-e-meninasdevem-ser-imunizados-entre-os-9-e-14-anos. Acessado em 11 de julho de 2023.

BR-HPV-00974 PRODUZIDO EM AGOSTO/2023 VÁLIDO POR 2 ANOS